Primeiro dia da SPFW começa com chamativa discrição
A São Paulo Fashion Week (SPFW) abriu sua 42ª edição de maneira discreta com a apresentação de quatro desfiles, a ausência em seu calendário de grandes marcas como Ellus, Colcci, Cavalera e GIG, e a redução a uma única sala de desfiles na Arena de Eventos do Parque do Ibirapuera.
A programação verão 2017 foi aberta no MASP com a segunda coleção da À La Garçonne, marca de Fabio Souza e Alexander Herchcovitch, estilistas que sempre geram grandes expectativas entre o público especializado.
A marca apresentou uma coleção descontraída, com um trabalho marcado pelo desenvolvimento de uma criação livre, que contou com roupas inspiradas no estilo da rua e a estética esportiva.
À La Garçonne tem como espírito a experimentação, o que pôde ser visto no abrigo de neoprene branco com pedaços de guipure provenientes de um vestido de 1800, e também nos impressos florais em algodão suíço que rompiam sua delicadeza com coletes e jaquetas de camuflagem de inspiração militar.
O segundo desfile foi de Reinaldo Lourenço, inspirado na Suécia e que apresentou seu conhecido trabalho de couture, entre outros trabalhos, por meio de vestidos de festa trabalhados em fitas em cobre e franjas sobrepostas a tules, marca registrada da casa.
A tarde começou na Arena de Eventos com o desfile de Patricia Viera, e como não poderia faltar, o destaque foi o couro, material na qual a estilista concentra suas criações de formas femininas e sensuais, nas quais os cortes em laser de impressos florais e geométricos e peles porosas davam a saias e calças uma incrível fluência.
Também foi à passarela a estreante LAB, do rapper Emicida e de seu irmão e músico e produtor Evandro Fiotti, levando modelos negros em sua maioria e muita atitude. A direção criativa foi do consagrado João Pimenta, que apresentou um projeto de ares de rua, com roupas esportivas extra grandes de ponto de algodão misturadas com peças de alfaiataria.