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Aos 31 anos, Raica Oliveira diz que "não é uma Barbie"

A top Raica Oliveira, que desfila hoje no SPFW, fala sobre obsessão com beleza, os cuidados que tem com seu corpo e a carreira de modelo

13 abr 2015 - 16h17
(atualizado às 16h47)
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Com a cara lavada e cabelos sem ‘truque’ nenhum, Raica Oliveira chega para uma sessão de fotos exclusiva para o Terra , três dias antes de pisar a passarela do SPFW, que começa na próxima segunda-feira (13).

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Foto: Alex Falcão / Futura Press

O jeitão natureba, que ressalta sua beleza natural, também se reflete na personalidade. Tranquila e sorridente, ela mal percebe os olhares que desperta na rua rumo ao local das fotos, usando calça flare preta de cintura baixa e uma blusa curtinha, com a barriga à mostra. Sobre obsessão com o corpo e beleza, ela já avisa: "ninguém é perfeito. Não sou uma Barbie, nem fui feita em laboratório”. 

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Apesar de ser estrela de diversas campanhas de produtos de beleza, ela prefere cuidar da pele e do cabelo de forma mais natural, sem componentes químicos. Tanto na pele, quanto nos cabelos, só usa produtos orgânicos, manipulados especialmente para ela. Até mesmo o protetor solar é natural. Na alimentação, segue a mesma linha. A carioca nasceu em uma família vegetariana, então nunca comeu nenhum tipo de carne.  

Veja vídeos dos desfiles e bastidores do SPFW

O dia começa com um suco verde, couve, maçã verde, água de coco, laranja, hortelã e aipo. Ela complementa a alimentação com muitos legumes, grãos e verduras, mas se permite o luxo de comer massas quando tem vontade.

Também evita bebida alcoólica e não toma refrigerante há dez anos, mas não dispensa um bom doce. “Adoro doce de leite e, quando estou no Brasil, como muito brigadeiro. E adoro bolo de aniversário”, conta.

Apesar de afirmar que tem boa genética, Raica malha pesado para sustentar a boa forma aos 31 anos de idade. Corrida, kickboxing, pilates, ioga e musculação fazem parte da sua rotina, que varia muito de acordo com as viagens a trabalho. “Tem vezes que preciso ficar uma semana sem fazer exercícios, um mês. Então quando posso faço todos os dias, até de sábado e domingo, sem intervalo, porque assim faço com que meu corpo crie resistência.”  

A top é contra os modismos, como a "demonização" do glúten e da lactose. “Eu acho que é tudo moda mesmo, as pessoas inventam. Cada corpo é diferente. Você tem que ir adaptando os alimentos e ver o que é bom para você.”

Raica também reprova o consumo de proteína industrializada, como Whey Protein. “Muita gente inclui na alimentação porque acha que está emagrecendo, mas o seu corpo não reconhece. Aquilo é pura química, feita em laboratório. As pessoas querem resultado rápido.”

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Foto: Alex Falcão / Futura Press
Celulite, eu?

Raica foi alvo de críticas em 2011, ao desfilar pela grife de moda praia carioca Lenny Niemeyer no Fashion Rio em 2011. “Combato isso de uma forma totalmente natural. Eu sou uma mulher normal, que tem o que todas as outras mulheres têm, celulite, estria. Tenho que me cuidar porque é o meu trabalho. Mas se eu tiver com um culote, uma celulite, não fico com neurose. Ninguém é perfeito. Não sou uma Barbie, nem fui feita em laboratório”, afirma.

Apesar da repercussão, ela lembra que não deu tanta importância ao caso na época. “Vi em algum lugar. Juro para você, eu nem liguei. Quando não estou trabalhando não vejo site de fofoca, não compro revista de moda e, às vezes, nem sei o que passa. Não me atingiu. Não tive problema nenhum, graças a Deus”, complementa.

Raica acredita que a preocupação exagerada com a forma física pode se tornar um problema. "A partir do momento em que você fica restrita ao seu corpo, vira uma frustração. Você vai deixar de viajar porque tem que fazer exercícios, vai deixar de usar tal roupa. Cria infelicidade e anorexia." A modelo continua: "é uma forma totalmente errada de ver a vida". Ela conta que, apesar de ter começado cedo na carreira, escapou dos distúrbios alimentares tão comuns na área.

<p>Raica Oliveira posa de topless para a revista French Review</p>
Raica Oliveira posa de topless para a revista French Review
Foto: French Review / Divulgação
Paris aos 16

Quem começa muito cedo na carreira de modelo geralmente perde o lado mais “normal” da vida. No caso de Raica, ela sente por passar tanto tempo longe da família. “Eu crio meus vínculos, mas não é aquela coisa do dia a dia. Sua vida pessoal não depende só de você, depende mais do seu trabalho. É difícil manter uma vida pessoal estável”, avalia.

A ascensão na carreira da top carioca aconteceu de forma rápida. Aos 15 anos, venceu o concurso New Look, da Elite Model. Decidiu terminar os estudos, mas, no ano seguinte, já estava morando na capital francesa, trabalhando. “A única coisa que eu achei estranho é que um ano antes eu estava indo para escola, com as amigas do colégio”, lembra.

Raica estranhou a frieza dos europeus e decidiu ir morar em Nova York (EUA), sempre acompanhada pela mãe. É lá que está instalada até hoje, embora fique mais no avião do que em casa.

A modelo tem John Galliano como um dos seus ídolos. “Meio que foi meu padrinho”, diz. Ela acredita que, graças a modelos como Gisele Bündchen e Shirley Mallmann, as brasileiras passaram a ter visibilidade no cenário fashion. “Era uma cena mais andrógena, e nós trouxemos essa coisa mais brasileira, saudável, um pouco mais de curvas. Foi uma transição da moda.”

Apesar da extensa carreira, Raica diz que não fez muitas amizades no meio. “Gosto de diferenciar, não gosto de ter só amiga modelo. Todos os meus amigos são de fora do círculo de moda.”

Avessa à ideia de fazer planos, ela não pretende se aposentar por enquanto. “Não dou tempo à minha vida. Vou vivendo a cada dia.”

Uma coisa, no entanto, ela já sabe: quer morar em um lugar mais calmo, longe do agito das grandes capitais por onde circula. “Sempre vou estar ligada à moda, mas gostaria de viver em um lugar tranquilo. Sou dessa onda, de curtir a natureza.”

A agenda profissional, por enquanto, não tem nada de calmaria. Saindo do SPFW, ela viaja para Alemanha e depois para Barcelona para alguns trabalhos. Recentemente, posou seminua para a capa e páginas internas da French Review, além de um extenso editorial para a Elle francesa e campanhas para as marcas Garnier, Clinic e do perfume Joop!.

<p>Raica Oliveira posa de topless para a revista French Review</p>
Raica Oliveira posa de topless para a revista French Review
Foto: French Review / Divulgação
Pelo mundo

No entanto, ela ameniza a saudade falando com os pais todo os dias e vindo ao Brasil pelo menos uma vez por mês ou a cada dois meses. “Tenho uma ligação forte com eles.”

Por outro lado, conheceu tantos países que não sabe o número de cor. Aprendeu a falar inglês, espanhol e “50% do italiano”. “Nenhuma universidade me ensinaria o que eu aprendi com a experiência de vida que eu tenho, que são as viagens, conhecer pessoas diferentes, idiomas, saber lidar com qualquer situação, com pessoas de todas as idades, todas as raças”, observa.

Não é de se estranhar que o seu sonho de casar não inclui muitas pompas; e sim, fazer um mochilão pelo Nepal, Tibete e Butão. “Não sonho em casar na igreja de véu e grinalda. Acho muito brega”, conta, rindo. “Acho a maior breguice você entrar na igreja, com todo mundo olhando para a sua cara. Quando eu tinha 15 anos até tinha essa vontade, depois passou”, afirma.

Ela acredita que trabalhar como modelo também ampliou sua visão sobre as pessoas. “Eu viajo muito para lugares bonitos. Estou fotografando em Paris, ou em uma mansão, em uma casa maravilhosa. Mas no dia seguinte vamos para uma ilha na África, fotografar no meio da pobreza, em um lugar que não tem luz, onde a condição é precária. Então a gente acaba dando valor para aquelas pessoas que moram em um lugar muito simples”, afirma.

Apesar de rodar o mundo, a casa da família em Niterói (RJ) ainda é seu lugar preferido. “Eu vou para lá, pego energia boa. Almoço e janto todo dia em casa. Vamos pra cachoeira, para a praia. Minha casa é meu porto seguro, onde estão meus pais, meus irmãos, meus cachorros. Ali é minha base familiar.”

Terra transmite ao vivo SPFW Verão 2016

O Terra transmite, mais uma vez ao vivo e com exclusividade na web, os desfiles do São Paulo Fashion Week, entre os dias 13 e 17 de abril. A transmissão de todos os desfiles realizados no Parque Cândido Portinari, na capital paulista, está disponível inclusive para tablets, smartphones e TVs conectadas. Os usuários também podem assistir aos vídeos dos desfiles quando quiserem pelo site especial.

Entre as atrações da edição de verão de 2016 do SPFW, a mais aguardada será o desfile da Colcci na quarta-feira (15), às 20h30, quando a übermodel Gisele Bündchen deve fazer o último desfile de sua carreira, despedindo-se das passarelas.

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Foto: Alex Falcão / Futura Press
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Foto: Alex Falcão / Futura Press
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Foto: Alex Falcão / Futura Press
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Foto: Alex Falcão / Futura Press
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Foto: Alex Falcão / Futura Press
Foto: Alex Falcão / Futura Press

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Fonte: Terra
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