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Primeira modelo albina da África do Sul enfrenta preconceito

17 jan 2013 - 10h13
(atualizado às 11h06)
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Ela não é famosa como Naomi Campbell ou Gisele Bündchen, mas Refilwe “Fifi” Modiselle, de 27 anos, tem algo único ao subir na passarela: ela é a primeira modelo albina da África do Sul. As informações são do site italiano Repubblica.

Mesmo com o preconceito, Refilwe decidiu encarar a passarela
Mesmo com o preconceito, Refilwe decidiu encarar a passarela
Foto: Facebook / Reprodução
 
Nascida em Soweto, ela chama atenção pelos cabelos loiros e pele clara. Ainda assim, Refilwe faz parte de um grupo de pessoas que muitos países africanos consideram como “raça amaldiçoada”. Isso porque, embora na África do Sul exista uma porcentagem maior de albinos do que no resto do continente, o preconceito ainda é presente em países como Tanzânia e Zimbabwe.
 
Os albinos foram perseguidos e mortos ao longo dos anos por serem considerados portadores de má sorte. Em alguns casos, seus órgãos serviam para preparar poções mágicas com o objetivo de curar doenças.
 
Ainda assim, Refilwe decidiu encarar a passarela. Ela é desprovida de melanina – proteína responsável pela pigmentação da pele e cabelos - , o que muitas vezes pode levar à marginalização ou à morte por conta do preconceito no país.
 
Prova disso é que crenças antigas diziam que estuprar uma mulher albina poderia curar a aids. Em algumas regiões, o mito ainda existe. Tanto que, em junho de 2011, uma jovem de 14 anos foi sequestrada e nunca mais encontrada na África do Sul. A suspeita é de que teria sido morta em um ritual.
 
Apenas na Tanzânia, entre 2006 e 2012, 71 pessoas albinas foram vítimas de sequestros.
 
Fonte: Terra
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