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"Fiquei com mais vontade de moda praia"

10 jun 2009 - 16h29
(atualizado às 16h54)
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Rosângela EspinossiÚltimo dia de Fashion Rio. Sol e um calorzinho gostoso lá fora. A sala de imprensa é um gelo, por causa do ar condicionado. E começa a dar saudades dessa paisagem carioca tão pouco divulgada nos cartões-postais. O navio Pink Fleet, do empresário Eike Batista, ficou ancorado até hoje bem em frente às salas 2 e 3 - mas já zarpou do local. Os fashionistas podiam entrar, conhecer e comer lá dentro da embarcação (pagando, claro), que geralmente fica ancorada na Marina da Glória. Ou seja, uma atração flutuante neste bonito espaço carioca.

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O vermelho da Salinas foi um dos destaques da semana
O vermelho da Salinas foi um dos destaques da semana
Foto: Carlos Zambrotti / AgNews

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Hoje pela manhã, antes de a "festa" (leia-se, desfiles) acabei voltando à exposição Yves Saint Laurent - Viagens Extraordinárias. Havia ido lá com o estilista Walter Rodrigues para uma matéria. Não resisti à tentação e voltei. Hoje pude ver melhor a riqueza de detalhes, o poder de transgressão e de audácia do YSL. Se você estiver no Rio até o dia 19 de julho, vá ao Centro Cultural Banco do Brasil (rua Primeiro de Março, 66, de terça a domingo, das 10h às 21h, entrada franca). E delicie-se com as cores, os bordados e a beleza das roupas, colocadas em manequins desenhados pelo próprio estilista. Mas lembre-se: YSL não fez só peças baseadas em vestimentas de outros países. Fez muito mais. Mas só o que está lá tem poder suficiente para encantar a alma de quem gosta de moda e de história..

Voltemos ao Píer Mauá. E quero aqui falar sobre minha principal sensação do evento, que está terminado hoje. Fiquei com mais vontade de moda praia. Lenny e Salinas dão conta do recado neste quesito, porque mostram peças lindas e bem feitas. A Lenny com aquela sofisticação toda e com maiôs chiquérrimos, para várias outras ocasiões além da praia. E para mulheres de corpo perfeito (como os modelos bandage, talvez inspirados no vestido criado por Hervé Leger).

E a Salinas, com o vermelho como ponto de partida para homenagear Pedro Almodóvar. A marca mostra peças mais palpáveis para a mulher comum exibir em qualquer praia. Já Luiza Bonadiman levou mais tops e recortes à passarela, com bom efeito visual, mas distante das areias. Um ou outro maiô apareceu por aí. Pode até ser que outros apareçam ainda hoje. É pouco, porém, para um desfile de verão no Rio de Janeiro.

Além dos vestidos mais soltos, mas não distantes da silhueta, das calças mais largas, das transparências, dos brilhos, dos nudes ou das cores fortes e das estampas multicoloridas, eu quero saber mais sobre maiô, biquíni e outros apetrechos para praia e piscina. Estamos no Brasil, não é? E no Rio de Janeiro. E mais moda praia faria um bem tremendo. Resta esperar pelas grifes que se apresentam em São Paulo, a partir do dia 17. E sentir saudades dos desfiles da Blue Man e da Rosa Chá. É isso!


Rosângela trabalha na área de moda desde os anos 80, quando atuava na produção de desfiles. No começo dos anos 90 trabalhou na revista Claudia Moda e no caderno Dia-a-Dia, do Diário do Grande ABC. Assinou a coluna Mulheres Relevantes, da Contigo!. É colaboradora dos canais Moda e Mulher do Terra.

Fonte: Especial para Terra
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