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Dior e uma elegância masculina 'radicalmente moderna'

24 jan 2015 - 17h33
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Como se veste em 2015 um homem radicalmente moderno? O belga Kris Van Assche respondeu com uma coleção para a Dior que redefine os códigos de uma elegância "flexível e contemporânea", que vai do fraque ao tênis.

Em torno de uma orquestra com os músicos sentados em fileira na passarela, o desfile começou com um traje que costuma ser reservado para o final: o smoking.

Um detalhe chamou a atenção: na lapela, o modelo exibia broches redondos com flores secas incrustadas, inspiradas na paixão de Christian Dior (1905-1957) pelos motivos florais. A partir de então, a criatividade cresceu nos modelos seguintes, à medida que o desfile avançava ao som de violinos.

Após o smoking, surgiu um fraque, seguido de ternos com paletós longos. Em seguida, vieram variações mais ousadas, que incluíram tênis e estampas florais em amarelo quase flúor, antes de um encerramento novamente formal, com ternos príncipe de Gales.

Kris Van Assche recebeu a AFP antes do desfile e explicou em detalhes o processo criativo que levou a esta coleção outono/inverno, que definiu como "tecno-sartorial".

"Sartorial porque faz referência à Dior, ao ateliê, ao 'savoir-faire', e tecno por seu lado dinâmico e esportivo", explicou o estilista belga, 38, formado nos renomados ateliês de Amberes, de onde saíram grandes nomes da moda contemporânea.

"Quando alguém fala em elegância, está tentando olhar no retrovisor. Eu, ao contrário, perguntei a mim mesmo como se veria um homem radicalmente moderno em 2015, mas muito, muito elegante, que chamaria a minha atenção na rua", disse Van Assche. A resposta foi uma coleção "muito noturna, muito smoking, e, ao mesmo tempo, com peças muito diurnas", assinalou.

Para encontrar este homem "radicalmente moderno", Van Assche o imaginou indo ao teatro ver um espetáculo de dança contemporânea. Nesta reflexão, disse, inspirou-se nos personagens do círculo de Christian Dior, como o escritor Jean Cocteau, "verdaderamente elegantes, mas com um toque de excentricidade".

Mas sua meta não é o dândi, um conceito que lhe "causa horror", esclareceu.

O estilista Karl Lagerfeld, que assistiu ao desfile com Bernard Arnault, presidente do grupo LVMH e dono da marca, mostrou-se maravilhado: "Fantástico, dá vontade de usar tudo."

Além dos desfiles de suas coleções para a Chanel, Lagerfeld geralmente só assiste aos da Dior. Sobre a coleção masculina de Van Assche, gostou dos ternos com paletós longos. "De fato, tenho muita roupa assim, veste muito melhor", disse o papa da moda. "Disso, e do lado esportivo."

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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