Cavalli ataca entidade de moda e chama Armani de "pequeno rei"

“Camera Nazionale della Moda se limita a criar calendários de desfiles duas vezes por ano. A Cavalli sempre foi membro da entidade. Acho que Armani é membro também, mas toda escolha dele é tida como uma ordem! Dolce&Gabbana não é membro e não se importa com os outros e age como se fosse a única marca de moda na Itália. Outras marcas importantes são de propriedade de empresas francesas e, como sempre, italianos estendem tapete vermelho para os estrangeiros. A Camera Nazionale della Moda apoia apenas os grandes nomes e dá aos menores o que sobrou”, dizia no texto.

 

O desabafo teve como causa principal a data do desfile do estilista, marcado para o dia 19 de setembro, último dia da semana de moda de Milão. Segundo Cavalli, Armani, que sempre se apresentava no último dia, quis mudar sua apresentação para o domingo, 18, pois inaugura uma exposição nesse dia. “Como sempre, a Camera Nazionale della Moda lavou as mãos e não se posicionou contra os interesses do pequeno rei Armani e os problemas são apenas meus. O que posso fazer? Ficar no último dia, correndo o risco de que algum jornalista estrangeiro tenha ido embora ou desfilar ao lado de marcas menores, como alguns de meus colegas fazem?”, continuava.

 

Em relação aos estilistas da Dolce & Gabbana, as reclamações de Cavalli começaram quando a dupla Domenico Dolce e Stefano Gabbana decidiram não fazer parte da entidade e começaram a realizar desfiles independentes, justamente no dia no qual Cavalli tradicionalmente costumava fazer os seus. Em resposta ao texto de Cavalli, o presidente da entidade Mario Boselli retrucou: “Discordo do que Roberto Cavalli escreveu em seu blog. Se ele diz que a câmara de moda italiana só marca os desfiles, significa que ele ignora completamente as inúmeras atividades inclusive no cenário internacional, onde somos respeitados.”